O cearense Pedro Coelho Neto assumiu a Fenacon em janeiro de 2001 com a missão de aumentar a jurisdição da federação e promover a integração sindical. Em seu primeiro ano de gestão, quando foram constituídos sindicatos no Amapá, no Amazonas e no Acre, todos os estados do Brasil tinham sindicatos filiados à Fenacon – com exceção do Rio Grande do Sul, onde o Sescon local preferiu unir-se à Federação do Comércio.
“Nos três anos e meio de presidência, eu fiz 330 viagens entre idas e vindas – só não fui para o Acre, porque as circunstâncias na época não permitiram. Participei da inauguração de sindicatos em todas as regiões e com o objetivo de integrar os sindicatos, passamos a fazer reuniões de diretoria da Fenacon não apenas na sede, mas também nos sindicatos espalhados pelo Brasil. Isso criou uma união como nunca se tinha visto. Essa união, muito marcante nesse período, foi ajudada porque os vice-presidentes regionais passaram a ser eleitos pelos próprios sindicatos. Isso deu poder a eles.”
A integração citada por Coelho Neto deu-se por meio de uma espécie de jogo desenvolvido pelo seu assessor de política institucional, o administrador de empresas Paulo Veras, também cearense da cidade de Crato. Conforme os sindicatos cumpriam tarefas propostas pela federação, recebiam bandeiras e troféus como premiação. Quem explica é o próprio Veras.
“Não era uma competição entre os sindicatos, mas um estímulo para que cada sindicato se superasse. O sindicato que conseguisse o maior crescimento proporcional em número de associados ganhava mais bandeiras. O mesmo valia para a associação que promovesse mais eventos e que ajudasse os demais sindicatos. A gestão de cada sindicato tinha que mostrar evolução para receber as bandeiras. Isso gerou muito interesse dos sindicatos menores, como os do Centro-Oeste, do Norte e Nordeste. A premiação era feita em festas de confraternização que criaram a família Fenacon. A nossa lógica era que para a federação crescer, todos os sindicatos precisavam crescer juntos.”
"O profissional de contabilidade tem papel importantíssimo no cumprimento da LRF já que se espera do contador público o respeito às regras da lei e não é aceitável que ele compactue com desvios no cumprimento do que está previsto" - José Serafim Abrantes, presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), em entrevista à revista Fenacon em Serviços de maio de 2001.
Facilitador desse processo de aproximar os sindicatos mais distantes foi a reestruturação tecnológica promovida por Nivaldo Cleto, diretor de Tecnologia, desde o início da gestão de Coelho, conforme o presidente escreveu na prestação de contas de seu primeiro ano.
“A primeira grande preocupação foi repensar a estrutura tecnológica e o fizemos mudando todos os equipamentos, adquirindo novos softwares e dotando a entidade de meios de comunicação mais compatíveis com as metas que pretendíamos atingir. Implantamos internet em banda larga, mudamos de provedor, passamos a disponibilizar o Press Clipping diariamente e transformamos o nosso site em portal. Resultado: mais de 35 mil acessos e mais de 7 mil informes enviados diariamente. Criou-se ainda o Fenacon Informa, meio de comunicação com tiragem de 600 exemplares quinzenais.”
No fim de 2001, atendendo a uma reivindicação da Fenacon após uma longa batalha, o Ministério da Previdência voltou atrás e manteve o pagamento da GPS também por meios impressos.