As conquistas da Fenacon para a classe contábil, como a inclusão da categoria no Anexo III da Lei Geral e a solidificação do processo de certificação digital, além da impressionante postura de apoio dos empresários de contabilidade na implementação dos microempreendedores individuais (MEIs), colocaram a federação em outro patamar na sociedade brasileira. A Fenacon cresceu e tornou-se ainda mais relevante no desenvolvimento econômico do País.
Mais do que um desejo dos dirigentes, esse novo momento requeria uma expansão das atividades da instituição. No início de 2010, o presidente Valdir Pietrobon, que viria a ser reeleito em maio daquele ano para um segundo mandato, pensou grande e decidiu criar o Instituto Fenacon (Ifen). O objetivo era ampliar o leque de atuação da federação com um braço que alcançasse as áreas de filantropia, beneficência e assistência social.
O instituto começou dividindo espaço físico com a sede da Fenacon, no Setor Bancário Norte, mas logo ganhou sede própria, de 900 metros quadrados, na cidade de Águas Claras, perto de Taguatinga. Sem fins lucrativos, veio para, entre outras finalidades, implementar políticas setoriais de governo, promover o desenvolvimento econômico e social, combater a pobreza, prestar assistência jurídica gratuita, fomentar pesquisas científicas e buscar a inserção e a integração de pessoas no mercado de trabalho.
As duas principais crias do Ifen, logo após a sua fundação, foram a Fenacon Certificação Digital e a universidade corporativa UniFenacon. O certificado, é verdade, já era grande conhecido da federação. O instituto veio com o intuito de ampliar para o maior número de empresários brasileiros o alcance dessa ferramenta fundamental. O credenciamento oficial do Ifen como Autoridade Certificadora (AC) habilitada pela Receita Federal aconteceu no dia 24 de fevereiro pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
"Não podemos mais adiar a Reforma Tributária, que é urgente e necessária. E acredito que uma das ações mais contundentes a tomarmos a partir de agora é a criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas. Temos de lutar por um órgão de representação próprio no âmbito federal, que avalie políticas públicas diferenciadas para as cerca de 97% das empresas constituídas hoje no País" - Valdir Pietrobon, em defesa da criação de um ministério para as micro e pequenas empresas. Agosto de 2010
Á época, o diretor de Tecnologia e Negócios da Fenacon, Carlos Roberto Victorino, explicou que no modelo anterior, a Autoridade Certificadora (AC Fenacon) atuava com a validação dos certificados adquiridos da Certisign. Com a nova proposta, a AC Fenacon passou a adquirir os dispositivos de hardware (parte física do computador) e software (parte lógica) diretamente da Certisign para disseminação do documento eletrônico. “Com isso, toda a gestão operacional e a logística passam a ser da Autoridade Certificadora da Federação.”
Em discurso na solenidade de credenciamento pelo ITI, Pietrobon disse que o credenciamento era mais um exemplo da credibilidade alcançada pela Fenacon e comemorou a conquista.
“Com essa liberdade conquistada, nós vamos levar os benefícios da certificação digital a todos os cantos do País. (...) Além de permitir maior flexibilidade comercial, o certificado digital evita desgastes em filas, demora no retorno de documentações, além de garantir a autenticidade e segurança nas transações. (...) Creio que na luta pela desburocratização, a certificação assume papel fundamental e sinto-me orgulhoso em ver a Fenacon à frente desse processo.”
97% usam computadores |
93% usam a internet |
61% usam celulares corporativos |
22% oferecem acesso à internet por meio do telefone celular |
45% das pequenas empresas possuem website |
A criação da UniFenacon, outro pilar do Ifen, veio de encontro ao desejo inato da federação de investir na qualificação dos profissionais contábeis e, consequentemente, elevar o nível do serviço prestado à sociedade em temas de elevada relevância para o seu desenvolvimento. A universidade passou a promover treinamentos de capacitação e reciclagem, ministrando, inicialmente, cursos por meio do ensino a distância. O projeto surgiu da importância em suprir as necessidades relacionadas à qualificação dos profissionais das empresas dos segmentos representados, especialmente aqueles localizados nas regiões mais distantes do Brasil – a busca sempre foi proporcionar uma qualificação uniforme em todo o País.
O primeiro curso, ainda piloto, aconteceu em 26 de novembro de 2010, antes, portanto, da oficialização da criação da UniFenacon. O tema do evento inaugural foi Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas e abordou a Resolução 1.255/99 do Conselho Federal de Contabilidade. Já em seus primeiros anos de vida, a universidade promoveu diversos seminários com temas de alta relevância para seus associados. Alguns exemplos de assuntos abordados: escrituração digital, blindagem patrimonial, alterações da Lei do Simples Nacional, aspectos da empresa individual de responsabilidade limitada. A imediata grande procura e a avaliação positiva dos conteúdos ministrados deram a certeza à Fenacon que a decisão de criar uma universidade foi acertada.
Nordeste | 31% |
Norte | 20% |
Sul | 26% |
Sudeste | 16% |
Centro-Oeste | 7% |
A palestra de encerramento da 14ª Conescap (30 de outubro a 1º de novembro de 2011), na Costa do Sauipe, na Bahia, foi ministrada pelo jornalista Marcelo Tas. Para um público de 1.700 pessoas, sob o tema “Inovação: criatividade na era digital”, o apresentador falou sobre a importância das mídias digitais no dia a dia das empresas.