A Trilha Governança Corporativa, patrocinada pela IOB e SCI, foi realizada no 2° dia da CONESCAP | COVECON 2022 com tema ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) e a Contabilidade – relato integrado e contabilidade tridimensional. O termo ESG é uma sigla em inglês que diz respeito às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.
Participaram do debate o convidado Eutimio Mejía Soto, ex-presidente do Comitê Técnico de Pesquisas Contábeis da Associação Interamericana de Contabilidade AIC 2018-2019; as debatedoras Vania Maria da Costa Borgerth, membro do Comitê de Auditoria do Banco Santander Brasil, e Marcella Ungaretti, head de investimentos sustentáveis da XP Investimentos, além do integrante do Sescon-SP, Benedicto David.
Ser contador é uma missão importante para o mercado empresarial e a economia do país. Para Eutimio Mejía Soto, “a finalidade contábil é ser guardiã da riqueza. De uma riqueza que não é apenas financeira, mas, antes de tudo, social”. Por ser multidimensional, a contabilidade carrega consigo muitos desafios, entre eles o de equilibrar os interesses econômico, social e ambiental, afirmou o convidado sobre a temática do debate.
Segundo Marcella Ungaretti, ESG não é uma questão binária nem estacionária, ou seja, não pode ser limitada apenas a um modelo x ou y nem ser considerada definitiva quando implantada. “É um processo. Sem dúvida algumas empresas estão olhando para o tema e estão mais avançadas”. Além disso, Ungaretti ressaltou a necessidade de transparência nesse processo.
Um dos fatores característicos do ESG é a prática de reportar o desempenho da empresa por meio de relatórios objetivos e com informações relevantes. Essa rotina, segundo Vania Maria da Costa Borgerth, faz com que a empresa treine seu pessoal, tenha controle e, consequentemente, seja mais assertiva nas decisões. Acrescentou ainda que um negócio deve estar com seus colaboradores bem alinhados entre si e investir em resultados a longo prazo. E alertou: “gerir questões ESG é gerenciar riscos”.
