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Três em cada 10 MEIs fecham as portas em até cinco anos de atividade no Brasil, aponta Sebrae

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Pesquisa ‘Sobrevivência de Empresas’ revela que microempreendedores individuais têm a menor taxa de sobrevivência entre os pequenos negócios: 29%.

Comércio é setor com maior taxa de mortalidade de MEIs, segundo pesquisa do Sebrae — Foto: Reuters/Pilar Olivares

Pesquisa “Sobrevivência de Empresas” divulgada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas) nesta segunda-feira (14) aponta que três em cada 10 microempreendedores individuais (MEIs) fecham as portas em até cinco anos de atividade no Brasil. A taxa de mortalidade de negócios desse porte é de 29%.

No mesmo período, as microempresas têm uma taxa de falência de 21,6%, enquanto as de pequeno porte, de 17%.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova que quanto maior o porte da empresa, maior a sobrevivência do negócio, uma vez que o empresário tem um preparo maior e, muitas vezes, opta por empreender por oportunidade e não por necessidade.

A pesquisa aponta que 42% dos entrevistados estavam desempregados até três meses antes de abrir a empresa e 43% consideram que empreenderam por necessidade.

“Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, afirma Melles.

É possível inferir também que a maior taxa de mortalidade dos MEIs também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, em comparação às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP).

O cenário também é agravado pela dificuldade em obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos, como os ocasionados pela Covid-19.

“Independentemente do porte, 41% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, explicou o presidente do Sebrae.

De acordo com o Sebrae, entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito.

Ao analisar a sobrevivência por setor, a maior taxa de mortalidade em cinco anos é verificada no comércio (30,2%). Na sequência, aparecem indústria da transformação (com 27,3%) e serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na indústria extrativa (14,3%) e na agropecuária (18%).

Fonte: G1

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