O segundo dia da 20ª CONESCAP e 17ª Convenção CRCCE, foi aberto com um painel sobre ambiente econômico. À frente da explanação estava, Samy Dana, professor, mestre em economia, doutor em administração e Ph.D em business, além de autor de diversos livros e consultor de televisão e rádio. Ele apresentou dados sobre produtividade, capacitação e infraestrutura do sistema tributário nacional.
Também participaram do debate o presidente da FENACON, Daniel Coêlho, e o gerente de economia da CNC, Fábio Bentes. A moderação ficou com Diogo Chamun, diretor de Políticas Estratégicas e Legislativas da Federação.
“Se pegar qualquer país aleatoriamente, a chance de ter um sistema tributário melhor que o nosso é grande, e me refiro a países da África e da Ásia. Gastamos 2 mil horas de trabalho só para saber quanto de imposto se paga. A percepção que temos é que a carga tributária do país é uma das mais altas, principalmente se olharmos rankings de saúde, educação e segurança. Sabemos que o debate sobre a reforma tributária não é somente sobre a carga, mas sobre a forma. Temos impostos sobre patrimônio e renda, além de consumo de bens e serviços, mas a reforma está focando no consumo. O nosso sistema é caótico, pagando na origem e no destino”, destacou Samy Dana.
“Vivemos uma era de transformação, de mudanças estruturais na economia. O Brasil é um país caro para produzir. O Custo Brasil hoje equivalente a R$ 1,7 trilhão, sem contar da carga tributária de 34%, dado o retorno baixo que os impostos têm para a população. Sobre a reforma é um texto complexo. Não temos nada contra a indústria, mas é fato que se ela vai pagar menos, alguém vai pagar mais, mas não se sabe nem qual será a alíquota do IVA”, disse Fábio Mendes.
O presidente da FENACON, Daniel Coêlho, lembrou que o Brasil tem excelentes oportunidades, com matéria-prima necessária e profissionais aptos a inovar, mas ficamos impedidos pela tributação. O país não chega no primeiro nível porque não consegue aplicar recursos financeiros e estratégicos em pontos para fazer a diferença”, lembrou.