Com a palestra ‘É possível trabalhar e ser feliz no mesmo lugar?’, Vania Ferrari, escritora, palestrante e criadora do maior canal sobre RH no Youtube Brasil, deu sequência ao último dia da 20ª Conescap e 17ª Convenção CRCCE, no Centro de Eventos, em Fortaleza. Mônica Hauck, CEO e fundadora da Sólides, empresa de tecnologia líder nacional na gestão de recursos humanos de pequenas e médias empresas, também contribuiu com o debate. A moderação foi feita pelo vice-presidente institucional da FENACON, Reynaldo Lima.
“A primeira coisa para ampliar o coeficiente emocional e profissional é olhar para si. É preciso cuidar da sua carreira com o mesmo afinco com o qual cuida da conta bancária, assim como dos amigos, da saúde física e emocional. O que mais vemos são as pessoas se afastando das empresas por causa de doenças relacionadas à emoção, como o estresse, por exemplo. Ter saúde emocional, estar descansada, é fundamental”, destacou Vania Ferrari.
Ela falou ainda sobre feedbacks e seu impacto para o empreendedor. “Todo feedback que você dá, afeta o outro, e é bom que isso seja positivo. É possível dar um feedback duro, mas depende de como o faz, deve ser para engradecer o outro, fazê-lo sair melhor e não o contrário”.
Ferrari seguiu a explanação falando que problemas globais exigem soluções globais. “Precisamos nos ajudar. Essa troca em um encontro como esse é fundamental para resolvermos os problemas, nós nos interdependemos. É preciso ter comunicação. Temos muita tecnologia na palma da mão, mas não nos comunicamos bem. Três minutos de ligação resolve o que muita mensagem via aplicativo ou um e-mail não resolve. Estou falando de um processo que a tecnologia copia do nosso corpo”.
Mônica Hauck explicou a importância da gestão de pessoas e como a rotatividade de colaboradores e o fluxo de caixa podem estar matando o negócio. Ela também abordou a rentabilidade dos negócios. “É preciso associar gestão de pessoas a lucro ou prejuízo. Não podemos negligenciar os seres humanos que trabalham conosco. 53% dos trabalhadores pediram demissão ou foram demitidos nos últimos 12 meses. Temos a maior rotatividade do mundo. 60% dos colaboradores pensam em trocar de emprego, o que confirma os dados acima. O custo da rotatividade aparece quando o novato precisa fazer hora extra, ou quando o colaborador que saiu leva todo o conhecimento e será preciso treinar outro profissional. Outra situação é quando o cliente é atendido por alguém, e depois surge outro colaborador, esse cliente perde conexão com a empresa, com a marca”.