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O futuro do trabalho: a ascensão do profissional ESG na busca por sustentabilidade

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Escassez de talentos e remunerações atrativas impulsionam demanda por especialistas em ESG no mercado de trabalho.

Um estudo realizado pela consultoria Korn Ferry revela que o futuro do trabalho está intimamente ligado à sustentabilidade. A pesquisa “Futuro do Trabalho” aponta que 60% dos millennials (nascidos entre 1981 e 1996) afirmam que se sentiriam mais inspirados a trabalhar em uma empresa que adote políticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês).

Os dados destacam ainda que 54% dos entrevistados considerariam mudar de carreira para ingressar na área da sustentabilidade. Esse movimento é geracional e reflete a crescente importância do ESG na economia e no mercado de trabalho. A sigla, citada pela primeira vez em 2004 durante uma conferência da ONU, vem ganhando relevância nas empresas, tanto que hoje 95% das instituições brasileiras afirmam que o ESG está em sua agenda de prioridades.

Com a sustentabilidade e o ESG ganhando destaque no mundo corporativo, a demanda por profissionais especializados na área está em constante crescimento. As empresas estão buscando cada vez mais candidatos qualificados para implementar estratégias relacionadas ao ESG, porém, tem sido difícil encontrar profissionais com o conhecimento necessário.

Uma pesquisa do CFA Institute analisou perfis de profissionais de finanças no LinkedIn e revelou que menos de 1% dos candidatos estão qualificados para as vagas relacionadas ao ESG. Essa escassez tende a se agravar nos próximos anos, pois o relatório “Future of Jobs”, do Fórum Econômico Mundial, aponta que o especialista em ESG é a segunda profissão na lista das carreiras do futuro, com a previsão de surgimento de 1 milhão de novas vagas na área até 2027.

Diante da oferta limitada de profissionais qualificados, as remunerações se tornam atrativas. De acordo com o “Guia Salarial 2023”, um profissional especializado em ESG pode receber salários que variam de R$ 6 mil a R$ 35 mil, dependendo de fatores como senioridade, empresa e setor de atuação.

Por exemplo, no mercado financeiro, que historicamente oferece salários mais altos, os especialistas em ESG provavelmente serão ainda mais bem remunerados em comparação a outros setores.

Dessa forma, fica evidente que a busca por profissionais especializados em ESG é uma tendência crescente, impulsionada pela necessidade de promover a sustentabilidade nas empresas. A valorização desses profissionais reflete não apenas a importância do tema, mas também o impacto positivo que a adoção de práticas sustentáveis pode trazer para os negócios e para o futuro do trabalho.

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