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Mudança da reforma tributária não foi votada, novamente, e poderá ficar para 2023

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O presidente do Senado afirma que enquanto buscarem privilegiar Estados e municípios não haverá reforma

Por NATÁLIA OLLIVER

A votação da reforma tributária que aconteceria nesta semana, de 4 a 8 de abril, novamente foi adiada. Senadores indicam que a decisão da (PEC 110/2019) pode ficar para 2023. 

Entre os pontos mais divergentes, estão o Fundo de Desenvolvimento Regional e o tratamento tributário para operações feitas por cooperativas.

O Presidente do Senado Rodrigo Pacheco, explica que a deliberação da proposta de emenda à constituição não acontecerá enquanto os senadores buscarem privilegiar municípios e Estados. 

“A reforma tributária não é a arte de conquistar é a arte de ceder. Quando todos os personagens entenderem que tem que ceder um pouco para que a gente tenha um modelo melhor, ela sai!, pontua. 

Para Pacheco, as emendas são uma engrenagem que buscam simplificar e desburocratizar processos. O presidente afirma que as alterações trarão resultados positivas a médio e longo prazo.

“Se nós olharmos com um olhar imediato, pra poder sanar interesses, salvar regiões, privilegiar municípios ou estados, do segmento A ou B, não vai andar nem essa, nem nenhuma reforma.” termina.

Segundo o presidente, o ano eleitoral prejudica o andamento da proposta que é complexa e acredita que ainda há tempo para que o Senado chegue em um consenso. Alguns senadores defendem que a proposta não deve ser votada nesse ano devido às eleições. 

A reforma unifica diversos tributos em um imposto sobre o valor agregado (IVA), que será dual, ou seja, terá uma parcela Federal e outra local. 

O IVA Subnacional será composto pelo Imposto de Bens e Serviços (IBS) — resultado da fusão do ICMS (imposto estadual) e do ISS (imposto municipal) — para estados e municípios.

Também será unificado tributos da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e tributos federais (IPI, Cofins e Cofins-Importação, PIS e Cide-Combustíveis) arrecadados pela União. Todos formarão o IVA Federal.

De acordo com Rodrigo Pacheco, vários Estados e prefeitura resistem à proposta, por temerem que a mudança provoque perda de arrecadação. 

A PEC 110 já recebeu, até o momento, 252 sugestões, das quais 68 foram acatadas total ou parcialmente. 

 Conforme Rodrigo Pacheco ainda há tempo para possíveis acordos. 

Fonte: O Correio do Estado

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