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Diretor legislativo da FENACON apresenta pleitos sobre a operacionalização da Reforma Tributária

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Nos dias 1 e 2 de julho, o diretor legislativo da FENACON, Diogo Chamun, esteve em Brasília para uma série de reuniões com deputados e senadores, sendo as principais pautas a operacionalização da Reforma Tributária e a atualização da tabela do Simples Nacional. Chamun reforçou a importância de garantir tempo hábil e condições adequadas para adaptação às novas exigências previstas na legislação.

Diretor da FENACON, Diogo Chamun, acompanhando debates na Câmara dos Deputados. (Foto: Fenacon)

Durante a agenda, o diretor legislativo se reuniu com diversos parlamentares, com destaque para representantes do Rio Grande do Sul, como os deputados Afonso Motta, Osmar Terra, Ronaldo Nogueira, Any Ortiz e Marcel van Hattem. Também participaram das conversas os deputados Kim Kataguiri, Luiz Carlos Hauly, e o senador Eduardo Girão.

Além das pautas institucionais, a FENACON apresentou aos parlamentares o Manifesto Setorial pela Justa Operacionalização da Reforma Tributária sobre o Consumo, documento que reúne as preocupações dos setores de contabilidade, tecnologia da informação e desenvolvimento de sistemas. O texto alerta para os desafios técnicos e operacionais que envolvem a implementação dos novos tributos — o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — e a necessidade de um planejamento estruturado, com ampla participação dos setores afetados.

A principal preocupação é com a integração dos sistemas das empresas aos da Receita Federal e do Comitê Gestor, que depende da disponibilização de APIs robustas, seguras e gratuitas. A eventual limitação de acesso a essas interfaces por meio de ferramentas pagas, como o Integra Contador, pode gerar custos adicionais elevados para empresas de maior porte e comprometer a escalabilidade do modelo proposto.

Outro ponto crítico abordado é a ausência de um cronograma oficial para a disponibilização dos sistemas que darão suporte à nova tributação. O manifesto defende que, após a disponibilização em ambiente de produção, seja respeitado um prazo mínimo de 12 meses para a adaptação do setor privado — garantindo tempo suficiente para ajustes técnicos, capacitação das equipes e segurança operacional no processo de transição.

Chamun destacou preocupação com o período de transição, que será longo, no qual as empresas terão que conviver com dois modelos de tributação.

“As micro e pequenas empresas, por terem menos estrutura e recursos e precisarão adaptar seus sistemas e capacitar profissionais para lidar com as novas regras. Sem apoio técnico e prazos adequados, o risco é que os pequenos negócios enfrentem dificuldades para cumprir as exigências e sofram com penalidades desproporcionais”, alertou. Ele defende que não haja cobrança de multas por atraso ou incorreções no cumprimento de obrigações acessórias.

Diretor da Fenacon, Diogo Chamun (à direita), acompanhado de Ana Paula Gaiesky (à ponta esquerda) e Rafael Sebben (ao centro), representando a FENAINFO. (Foto: Fenacon)
Ana Paula Gaiesky e Rafael Sebben (FENAINFO) e Diogo Chamun (FENACON), respectivamente. (Foto: Fenacon)

As reuniões contaram com a participação do diretor de Assuntos Legislativos da FENAINFO, Rafael Sebben, e da equipe de consultoria legislativa e de relações governamentais da AGF Advice, representada pela advogada Ana Paula Gaiesky.

Confira o documento na íntegra:

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