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Doar, muito mais que números

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*Lúcia Elena da Motta Haas

O nosso cotidiano contábil escreve por números, sejam balanços, relatórios financeiros entre outros documentos imprescindíveis para avaliar o desempenho das empresas. E quando nos relacionamos com o fisco, mais números, com os devidos impostos. É a realidade de quem produz e que transforma conhecimento, trabalho, dedicação, em mais números.

Com tanta experiência assim, através dos documentos contábeis, descobrimos que existem os números do bem, que acontecem pela vontade de doação, pelo desejo da transformação, pelos seres humanos que também somos, além dos números. E, nós do SESCON-RS, que representa os empresários contábeis do Estado, sempre estivemos ao lado dos números do bem, com a aplicação das boas práticas fiscais em favor dos que precisam de um futuro melhor.

Nossa alegria vai além dos 35 milhões arrecadados no Rio Grande do Sul pelo ato de doação no Imposto de Renda de 2022 (Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA) e Fundos dos Direitos da Pessoa Idosa (FDPI), pois doar é transformar e jamais saberemos o tamanho deste ato na vida de quem precisa, certamente muito menos e tão pouco para ir ao encontro de um futuro com as cores e emoções que merecem.

Somos, ainda, mais alegria quando o ato de doação nos permite investir em projetos sociais, do esporte à cultura, a exemplo da Fera Equipe de Futebol, de Montenegro e mais seis cidades do Vale do Caí, que recebeu 360 mil para oportunizar às crianças sua inserção no esporte. Um golaço da união de todos que, juntos, fazendo um pouquinho, estão transformando a vida de centenas de crianças a partir das doações do Imposto de Renda.  

Outra iniciativa que se destaca é do projeto WimBelemDon, de Porto Alegre, que tem por objetivo promover a inclusão de crianças e adolescentes em situação de risco ou de vulnerabilidade social. Com valores obtidos pelo Funcriança, além de doações diretas, o projeto tem no esporte do tênis o principal aliado incentivar os jovens nas atividades recreativas do esporte. As ações vão além dos jogos de tênis no bairro Belém Novo. São realizadas oficinas de arte, apresentações de shows musicais, laboratório de aprendizagem e inclusive aulas de yoga.

Os números do bem também nos garantem segurança pública. E o Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (PISEG RS) é um exemplo da participação das empresas e de empresários gaúchos  que neste ano já recebeu 130 milhões pelo destino de parte do ICMS devido para aquisições de equipamentos de segurança pública.

O PISEG RS possibilita a empresários destinar até 5% do saldo devido de ICMS ao Estado para serem aplicados na compra de itens como veículos, armamentos, munições, capacetes, coletes balísticos, rádios comunicadores, equipamentos de rastreamento, de informática, bloqueadores de celular, câmeras e centrais de Videomonitoramento. Não é uma doação direta, porém é uma atitude cidadã das empresas que desejam agir em prol da sociedade, promovendo projetos de prevenção e de segurança pública. Já foram direcionados o valor total de R$3.532.008,92 à título de Fomento às Ações de Prevenção na formação cidadã e segurança dos jovens gaúchos, como o Patrulheiro Ambiental Mirim, Guarda-Vidas Mirim, Papo de Responsa e Galera do Bem.

São por estes números que nós, empresários contábeis, torcemos que sejam sempre superiores, a cada ano. A doação é um ato de transformar e para nós, empresários contábeis, através de nossas assessorias contábeis junto às empresas e clientes, temos a oportunidade de sensibilizar os empresários em participar das campanhas de doações, uma forma de devolver para a sociedade um pouquinho do retorno que a nossa profissão nos proporciona. Sejamos doadores dos números do bem.

*Vice-Presidente de Gestão – SESCON-RS

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