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Diretor técnico da FENACON concede entrevista repercutindo assunto discutido no BBB24

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O diretor técnico da FENACON, Wilson Gimenez, concedeu entrevista ao Estadão dando dicas de educação financeira, especialmente nos casos de perda de controle da fatura do cartão de crédito devido a compras parceladas. Sem controle, o consumidor corre o risco de ter uma fatura superior a sua capacidade de pagamento.

Parcelamento no cartão de crédito é um assunto que repercutiu com a fala da cantora e participante do Big Brother Brasil de 2024, Wanessa Camargo, na última segunda-feira (26). “Eu parcelo tudo. O problema é que eu perco o controle. Anoto tudo, mas acho que estou podendo (gastar) e, quando vejo a fatura do cartão de crédito, levo um susto. Eu digo: ‘eu não gastei tudo isso’. Quando vejo, tem a parcela lá”, contou ela.

O consumidor deve parcelar suas compras preferencialmente quando não sofrer acréscimos de juros e se as parcelas estiverem dentro do orçamento financeiro previsto para os meses seguintes. “Se o preço é o mesmo pagando à vista ou parcelado, o parcelamento é salutar e proporciona ao consumidor uma folga no seu fluxo de caixa”, explica  Wilson Gimenez.

Confira a matéria na íntegra:

BBB 24: Wanessa Camargo diz que parcela todas as compras; como o hábito compromete a renda

Para educadores financeiros, os consumidores devem recorrer ao parcelamento em situações específicas

Wanessa Camargo no BBB. Foto: Reprodução/X/@bbb

Wanessa Camargo, cantora e participante do Big Brother Brasil de 2024 (BBB24), revelou aos colegas de confinamento que costuma parcelar todas as compras que faz no cartão de crédito.

Segundo ela, o parcelamento lhe dá a sensação de poder comprar, mas quando se depara com a fatura do cartão de crédito no fim do mês sempre é surpreendida.

O hábito costuma ser o grande responsável pelo descontrole financeiro dos brasileiros, independentemente do grupo social que faça parte.

“Eu parcelo tudo. O problema é que eu perco o controle. Anoto tudo, mas acho que estou podendo (gastar) e, quando vejo a fatura do cartão de crédito, levo um susto. Eu digo: “não eu não gastei tudo isso”. Quando vejo, tem a parcela lá”, confessou Camargo em conversa com outros participantes na segunda-feira (26).

Segundo especialistas de educação financeira, o parcelamento deve ser usado pelos consumidores preferencialmente quando a modalidade não possui acréscimos de juros e se as parcelas estiverem dentro do orçamento financeiro previsto para os meses subsequentes. Quando não há esse controle, o consumidor corre o risco de ter uma fatura superior a sua capacidade de pagamento.

“Gera um volume de endividamento futuro que, muitas vezes, o consumidor não observa. Aí ele se depara com o nível de comprometimento da sua renda muito elevado, que pode gerar uma situação de inadimplência” diz o economista Ricardo Coimbra.

Assim, o consumidor enfrenta outro problema: descobrir quais são os meios mais baratos para quitar a dívida do cartão de crédito. Isso porque pagar apenas os juros do rotativo do cartão (quando não se paga o valor total da fatura) ou parcelar a fatura são modalidades de crédito muito caras.

Segundo dados do Banco Central, a média da taxa de juros cobrada para essas modalidades é de 470,2% ao ano para o rotativo e 205,5% ao ano para o parcelamento. “Se possível, considere alternativas de financiamento com taxas de juros mais baixas, como empréstimos pessoais ou financiamento direto com o fornecedor”, aconselha Val Freitas, sócia da Repense Inteligência Financeira.

Quando devemos recorrer ao parcelamento?

O parcelamento é uma modalidade que deve ser utilizada pelos consumidores de forma estratégica, especialmente quando o valor à vista é incompatível com o seu poder de compra. As condições de parcelamento também devem ser consideradas antes de efetuar a compra.

“Se o preço é o mesmo pagando à vista ou parcelado, o parcelamento é salutar e proporciona ao consumidor uma folga no seu fluxo de caixa”, afirma Wilson Gimenez Junior, Diretor Técnico da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento (FENACON).

Vale ressaltar ainda que o uso do cartão de crédito deve estar dentro do planejamento financeiro para os próximos meses e as parcelas não devem comprometer a renda destinada para o pagamento de contas essenciais, como água, luz e alimentação. Para manter o controle das finanças, utilizar uma planilha de gastos é recomendável.

Fonte: Estadão

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