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Aumento da CSLL vai encarecer crédito consignado e de veículos, diz Febraban

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Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vê o aumento da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 20% para 21% como negativo, diz Isaac Sidney, presidente da instituição

(crédito: Claudio Belli/Febraban)

Michelle Portela – Correio Braziliense

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicou nota para criticar a medida do governo federal de aumentar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 20% para 21%. Para o presidente da instituição, Isaac Sidney, o governo busca uma justificativa para a falta de coordenação econômica, sentida principalmente pela inflação acumulada. 

“A busca de uma narrativa contra bancos, na suposição de que aumentar impostos do setor renderia dividendos políticos, acerta uma vez mais o cidadão e a economia, tornando mais caras linhas importantes no processo de recuperação econômica, como financiamento imobiliário e de veículos, crédito consignado e capital de giro.”

Segundo Sidney, a medida irá impactar famílias e empresas ao pressionar a inflação e encarecer o crédito, “particularmente em um momento em que a sociedade está suportando a subida da taxa básica de juros para conter a escalada da inflação”. 

“A elevação de impostos, além de medida já reconhecidamente ineficaz para resolver os problemas estruturais do país, terá impacto na inflação, pressionando ainda mais a estrutura de custos das famílias e das empresas, retroalimentando o processo inflacionário”, afirma o presidente da Febraban, que defende uma outra política tributária.

“O governo erra ao aumentar, mais uma vez, a alíquota da CSLL para os bancos, onerando consumidores, famílias e empresas, com crédito mais caro”, diz, em nota. Segundo Sidney, “não faz sentido aumentar a carga tributária em um momento em que a economia desacelera, e quando a Selic e a inflação estão nas alturas”.

A saída para enfrentar as dificuldades fiscais não estaria, na avaliação da instituição, no aumento do imposto. “Só há um caminho: perseverarmos na aprovação da agenda de reformas estruturais em tramitação no Congresso”, acrescenta o presidente da entidade.

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