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Governo federal lança crédito para caminhoneiro e cédula para produtor rural no Banco do Brasil

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Voltadas ao pagamento de frete e à preservação ambiental, iniciativas fazem parte do caminho da prosperidade, diz o ministro da Economia, Paulo Guedes

Ministro da Economia, Paulo Guedes, durante almoço e cerimônia de lançamento do BB Antecipa Frete e BB CPR Preservação, no Edifício Sede do Banco do Brasil, em Brasília, DF
FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/ME

O Banco do Brasil (BB) lançou nesta quinta-feira (7/4) uma linha para antecipar frete a caminhoneiros autônomos (Antecipa Frete) e a primeira Cédula de Produto Rural do BB voltada à preservação ambiental (CPR Preservação). As iniciativas fazem parte de dois programas elaborados pelo Ministério da Economia com objetivo de facilitar as condições financeiras dos caminhoneiros, no primeiro caso, e, no segundo, avançar na implementação de instrumentos na direção do futuro da economia verde. A cerimônia, realizada na sede do Banco do Brasil, em Brasília (DF), contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro; dos ministros da Economia, Paulo Guedes, da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes Cordeiro; além dos presidentes do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, e do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A linha BB Antecipa Frete vai permitir aos caminhoneiros adiantar o pagamento dos custos de viagem, com juros de 1,79% ao mês, beneficiando toda a cadeia de transporte rodoviário de carga. Já a BB CPR Preservação vai remunerar produtores rurais e demais agentes por projetos de conservação e recuperação de vegetação nativa ou outros serviços ambientais, como conservação da biodiversidade, do solo ou de recursos hídricos.

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro comentou que, hoje, os caminhoneiros têm de pagar até 10% de taxas para financiar seus custos de viagem e que a nova linha de crédito vai baixar esses juros para menos de 2%. Também observou que o produtor rural tem arcado com os custos da conservação ambiental. “Agora, temos uma maneira de ele, ao preservar, ser beneficiado, vendendo esses créditos por aquilo que ele preserva”, disse.

O ministro Paulo Guedes destacou os impactos positivos das duas iniciativas no desenvolvimento do país. “Desde essa concepção geopolítica maior, dessa visão do Brasil como uma grande nação, até a casa do caminhoneiro, com o Antecipa Frete, e até o bem-estar do produtor rural, com o certificado verde, nós estamos fazendo o trabalho da viagem no caminho da prosperidade”, afirmou.

Mudança de eixo

Segundo o ministro, o Brasil está cada vez mais firme nesse caminho. “Lá fora, fomos recebidos com essa percepção, também”, contou, referindo-se à viagem realizada na semana passada à França e à Espanha para reuniões, com autoridades da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e representantes de governos.

Guedes apontou que, em vez de ser um problema para o meio ambiente e a mudança de clima, o Brasil agora é a solução para o mundo nas áreas de segurança energética e segurança alimentar. “Nós mudamos completamente o eixo. Lá fora, há uma percepção de que o Brasil terá um papel decisivo na segurança alimentar e na segurança energética do mundo”, relatou.

Potência energética

Ele explicou que o Brasil é uma potência de segurança energética para o futuro porque obtém 60% dos recursos de hidrelétricas e 15% de energias eólica e solar, “que são as energias sustentáveis do futuro, além da nuclear”.

Paulo Guedes salientou que o país está atraindo investimentos nesse contexto, citando como exemplo a desestatização da Eletrobras, que envolve pelo menos R$ 100 bilhões em mobilização de recursos. “Mais de R$ 30 bilhões em modicidade tarifária, para transferir o risco hidrológico para as distribuidoras e não para o consumidor”, frisou.

De acordo com o ministro da Economia, as empresas estrangeiras estão querendo investir no Brasil porque o país tem energia barata. “Nós vamos conseguir produzir o hidrogênio verde com bases baratas para exportar. E o Brasil entra no mapa, não só da segurança alimentar – em que ele já estava –, mas agora, também, da segurança energética”, reforçou Paulo Guedes.

Fonte: Ministério da Economia

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